segunda-feira, 20 de abril de 2015

Prendia o choro.

Ela estava sentada enquanto Cazuza lhe contava sobre o beija-flor. Mas que merda é essa, ela se perguntava. Um codinome para esconder o que de quem? Cazuza era libertário. Ela era libertária. Mas o beija-flor não. Para que se relacionar com alguém assim? Então entendeu. A paixão não questiona. Não olha se alguém que se quer é alguém que lhe condiz. E percebeu que em toda a sua vida não se apaixonou por alguém que condizia. E só queria saber o que isso implicava. Talvez, nunca saiba a resposta, já que não se escolhe quem lhe faz as borboletas voarem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário